
Salmo
Marcia B. Mendes
Luz frouxa,
Coada pelo candeeiro
Coada pelo candeeiro
Dos meus olhos
Que pouco enxergam,
Pois que nada sabem
Do tempo e do destino.
Escruto apenas,
Com o ansioso coração,
A humana ignorância
De atribulados sonhos.
Se me creio sábia,
Iludo-me.
Se me creio nobre,
Pelo espírito,
Empobreço-me.
Se me creio forte,
A um raio,
Enfraqueço-me.
Escuridade que entorpece
A alma inchada de vaidade.
Mas se com o espírito
Te vejo, Senhor,
Meu coração se exulta
Em louvor.
Enchentes de doçura
Me alcançam,
E minha alma não mina mais dor.
A divina fé de Tuas mãos me acalmam.
Inundam-me,
Com a inefável delicia do Teu amor,
Os frutos de Tua graça.
Faminta de Tua abundância,
Sob Tuas asas, aninho-me
E qual criança sugo o leite
Do Teu Espírito!
Teu nome bendigo, Senhor
Adoro-te e a Ti dou graças,
Pois que só Tu és
O meu Senhor e o meu Deus!
